quinta-feira, 8 de outubro de 2009

LEITURA OBRIGATÓRIA PARA OS PAIS DE MINI-ATLETAS


1 – Você não deve insistir para ser o treinador do seu filho, nem lhe dar conselhos continuamente. Este tipo de atitudes prejudica a formação da personalidade do miúdo. O treino deve lhe ser dado por uma pessoa idónea, isto criará um sentido de responsabilidade, o que reflectirá no futuro.

2 – Trate de não observar os treinos de seu filho em demasia, isto cria uma situação de desconfiança para ele e para o professor.

3 – O único caso em que deve aconselhar a seu filho, é quando ele peça, mas sem que este pedido dê a “habilitação” de realizar recriminações, muito pelo contrário as suas palavras devem ser de alento.



4 – Não deve ser juiz da competição que jogue o seu filho, nem deve chamar “nomes” aos miúdos que o enfrentam; também não deve aplaudir de forma estrondosa ou fazer gestos que chamem a atenção de todos. Você deve ser um observador silencioso diante de um triunfo ou de uma derrota, incutindo uma real superação entre todos os desportistas.

5 – Quando o seu filho joga ou participa deve fazê-lo pelos seus próprios meios e por nenhum motivo deve controlar a situação, não deve conversar com os juízes, não discuta classificações ou cestos, nem sequer o resultado final do encontro.

6 – Se o triunfo acompanha a seu filho e o felicitam seja somente agradecido sem ostentação, nem tão pouco se passe à indiferença muito comum nestes casos.

7 – Quando o resultado lhe é adverso não peça explicações de nenhum tipo a seu filho, não lhe diga também “o que fazia na sua juventude...”, tenha em conta que se ele decidir explicar-lhe alguma falha, o seu comentário para repará-la deverá sempre ser positivo.

8 –Também não deve escolher os torneios ou encontros nos quais seu filho deve participar, nem ser seu seguidor ou sua sombra. Também não deve inscrevê-lo sem sua prévia autorização, já que ele deve sempre estar de acordo em participar dos eventos.

9 – Também não deve arranjar partidas, nem horários, nem nada que não seja de exclusiva determinação do protagonista.

10 – Não magnifique as medalhas ou os troféus ganhos pelo seu filho, também não dê mais valor a uns que a outros, inclusive nunca incite a participar de tal ou qual competição pondo por meio o valor dos prémios; o desporto verdadeiro não requer regalias senão o simples e amplo sabor da satisfação pelo dever cumprido.

11 –Não deve forçar o seu filho a treinar cada vez mais, não queira fabricar um campeão, se quer ter um campeão na família comece por sê-lo como o melhor exemplo. Ele é quem deve eleger seu caminho e, se ele quer e pode, ele é o que deve ser.

12 – O único momento que deve interferir é quando o seu filho discute numa partida, quando se comporta de maneira antidesportiva ou esteja nervoso, atire objectos, fale mal ou agrida adversários ou juízes, chamando-lhe à realidade e nunca consentindo ou procurando o motivo, ainda que existisse, para justificar suas atitudes inadequadas.

13 – Também não queira transferir o desporto do seu agrado ou que você praticou, deixe que ele decida por si mesmo o que ele gosta, a sua mente e o seu corpo se harmonizarão melhor e se tem condições naturais na modalidade escolhida poderá progredir.

14 – Também não queira a todo custo que seu filho seja um prolongamento seu, se ele segue no mesmo desporto que o seu, se você não chegou “longe” não pretenda procurar o sucesso com o corpo de seu filho; e se você brilhou nos seus melhores tempos não lhe exija “altas” performances, nem similaridades e nem sequer faça comparações. Deixe-o livre de tensões.

15 – Quando o seu filho é uma criança não o trate como se fosse ainda mais, são muitos os pequenos que estancam no desporto e na sua personalidade pelo excessivo carinho, protecção e consentimento.

16 – Não se integre numa modalidade desportiva, nas suas comissões directoras, com o propósito de “facilitar” a “ascensão” do seu filho e se o mesmo abandona esse desporto por outro, saiba respeitar o compromisso assumido terminando o período, o mandato ou a responsabilidade assumida sem se acomodar, pelo contrário demonstre total interesse e motivação pelas tarefas requeridas a seu cargo.


UM FORTE APERTO DE MÃOS ENTRE OS OCASIONAIS RIVAIS É TÃO SAUDÁVEL QUE PREMEIA O PERDEDOR COM O MAIOR DOS TROFÉUS: A AMIZADE


Artigo extraído da revista do Comitê internacional de mini-basquete da FIBA

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