segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O desenvolvimento e a avaliação das capacidades coordenativas do basquetebol. Uma proposta metodológica para a iniciação desportiva.

Preparador físico das categorias inferiores do Clube Adecco-Estudiantes
Professor da Faculdade de Educação
Universidade Complutense de Madrid
(Departamento de Expressão Musical e Corporal)
Juan del Campo Vecino
(España)
.


1. Introdução

Quantas vezes temos ouvido num campo de basquetebol um treinador soltar todo tipo de impropérios dirigidos àquele menino que não conseguiu pegar o ressalto, que não é capaz de receber o passe de um companheiro, que repetidas vezes anda, etc... Esta situação repete-se dia após dia nos treinos e competições e, em muitas ocasiões, a solução tem sido a repetição sistemática desse gesto ou ação falida de forma isolada até o aborrecimento. Sem dúvida, poucas vezes nós temos colocado o que temos falado, que causas nos tem levado a não conseguir o fim desejado, Não poderá ter existido um problema de percepção, que seja dos companheiros, adversários ou da própria trajetória da bola no espaço ou no tempo? A decisão tomada era a mais correcta em função das circunstâncias da partida?

A dificuldade do controle motor da técnica desportiva encontra-se directamente relacionada com o tipo e a quantidade de informação que seja necessário dominar, a estrutura lógico-cognitiva que seja adequada para alcançar as metas previstas e o esforço físico que se requeira (Bañuelos, 1994).

O basquetebol encontra-se entre os esportes perceptivos (Knapp,1963), neste tipo de actividade o entorno é variável e as trocas são constantes. Poulton, atendendo ao tipo de regulamentação, define estas tarefas como de caráter aberto, porque para sua realização é necessário um “feedback externo”.
Este desporto implica a movimentação de um objecto, no caso de estar em posse do mesmo, ou a recuperação dele, e uma luta por um espaço que é necessário ocupar ou evitar que seja ocupado, todo ele em colaboração ou oposição com alguns companheiros e rivais que continuamente modificam sua situação no campo, o que implica um grande número de estímulos que temos que atender. A isto une-se a rapidez com a qual é necessário tomar uma decisão, a qual o converte num desporto dos que poderíamos definir como de grande complexidade perceptiva e decisiva, como ponto de partida para uma execução correcta.
No caso da iniciação estamos a falar de jogadores que estão experimentar um crescimento contínuo e, em muitos casos, acelerado, com as dificuldades que isto leva para a formação de um esquema corporal definido e para o desenvolvimento rítmico e harmônico do movimento e o manejo de movimentos.
Nesse desporto, tão importante é o desenvolvimento das capacidades condicionais (resistência, força, etc.) como o das capacidades coordenativas, que permitirão ao desportista uma execução o mais fiel possível ao modelo (programa motor).

2. Coordenação: Definição e Classificação

A coordenação motora pode ser definida como “a organização das acções motoras ordenadas até um objectivo determinado” (Schnabel y Meinel,1988).




Blume (1981), propõe a seguinte classificação das capacidades coordenativas:

Capacidade de direcção e controle Capacidade de aparelhamento dos movimentos
Capacidade de diferenciação
Capacidade de equilíbrio
Capacidade de orientação
Capacidade de adaptação Capacidade de ritmo
Capacidade de reação
Capacidade de transformação

3. Coordenação e basquetebol

Capacidades coordenativas Ação técnica em que se manifesta a capacidade Grau de importância da capacidade no basquetebol (+...++++).
Capacidade de combinação e aparelhamento dos movimentos. Esta capacidade permite conectar habilidades motoras automatizadas, por exemplo, corrida e salto. A coordenação segmentaria forma parte desta actividade. O próprio treino bilateral, ou a formação ambidestra é um componente deste tipo de coordenação. Troca de mãos com a bola em corrida (Troca pelas costas, Troca pela frente). ++++
Capacidade de orientação espaço-temporal. É a capacidade que permite modificar a posição e o movimento do corpo no espaço e no tempo, com referência a um espaço de ação definido (do corpo com respeito a objetos em movimento, do corpo com respeito a pontos de referência fixos). Troca de direção e ritmo no jogo sem bola (pela frente e reversão). ++++
Capacidade de diferenciação sinestésica. Permite controlar de maneira sutilmente diferenciada os parâmetros, dinâmicos, temporais e espaciais do movimento, dando lugar a um movimento eficaz e eficiente. Recepção em corrida e arremesso em suspensão. +++
Capacidade de equilíbrio é a capacidade de manter o corpo em uma postura de equilíbrio, e de recuperá-lo depois de amplos movimentos ou solicitações. Defesa, ajuda e recuperação. ++++
Capacidade de reação. Permite responder a estímulos, executando ações motoras adequadas como resposta a um sinal. Trabalho de rebote (desde que a bola toca o aro). ++++
Capacidade rítmica. É a capacidade de organizar cronologicamente as performances musculares em relação ao espaço e ao tempo. Diferentes entradas para a cesta (dois apoios, perdida de passo, cesta passada, etc.). ++
Capacidade de transformação dos movimentos, fazer possível adaptar ou transformar o programa motor sobre a base de variações repentinas e inesperadas. Trabalho do defensor ante as fintas (saída, passe e arremesso). +++

Arredondo y del Campo, 1998

4. Como trabalhar a coordenação?

O que diferencia o jogador de basquetebol experimentado do menino que começa, à margem de seu nível de desenvolvimento das capacidades condicionantes, é a possibilidade de realizar movimentos com um menor gasto energético (coordenação intermuscular) e a maneira de selecionar, entre um grande repertório de gestos técnicos que domina, e executa-los com grande rapidez, aquele que é mais adequado para cada situação, em função de uma correta análise e antecipação dos acontecimentos.
As capacidades coordenativas têm seu desenvolvimento mais intenso até o início da adolescência, diminuindo progressivamente as possibilidades de seu desenvolvimento a partir desta idade. Por isso, devemos tentar trabalhar estas nas primeiras idades de forma prioritária ao invés do resto das capacidades condicionantes.
Todo movimento, por mais novo que seja, executa-se com base em antigas coordenações.

"Assim, quanto mais rico é o repertório gestual em coordenações automatizadas, mais descarregado está o sistema nervoso central de parte de sua tarefa, e o movimento se desenvolve mais segundo o modelo automatizado" (Weineck, 1988).

5. Características da Sessão.

Dada a grande importância dos aspectos coordenativos, em um esporte de caráter aberto como é o basquete, será necessário prestar a máxima atenção possível, nas categorias inferiores a esta capacidade, levando a cabo um trabalho específico extra, fora da quadra. Neste tipo de trabalho é necessário considerar:
Devemos variar as situações externas e materiais (cestas em diferentes alturas, terrenos reduzidos, bolas com tamanhos e quique diferentes).
As atividades devem permitir o emprego da lógica motriz para solucionar problemas propostos, os quais o próprio esportista escolhe a solução mais correta em seu entender.
As atividades devem ter um caráter lúdico e motivante, sendo que para o jogador supõe-se um treino a mais, desta maneira ele suportará. Devem predominar brincadeiras variadas e jogos adaptados, ao invés da repetição sistemática.
As tarefas propostas devem ter uma transferência positiva para aprendizagens técnicas posteriores, para o qual será necessário partir de uma analise das necessidades do esporte, e propor situações que exijam estas necessidades. Porque trabalhar sempre a velocidade de reação através de estímulos auditivos? Por que ao introduzir exercícios de técnica de corrida driblando distintos tipos de bolas?
As atividades propostas devem seguir uma progressão em dificuldade:

Grau de dificuldade (progressão dentro de uma sessão)
1º Jogador estático e objeto em movimento (passes com uma bola de tênis com recepções em alturas diferentes)
2º Jogadores estáticos e objeto em movimento (um jogador passa um frisbee e o outro realiza diferentes tipos de recepções)
3º Jogador em movimento e objeto em movimento (deslocar levando uma bola de futebol dando um toque com cada pé)
4º Jogadores e objeto em deslocamento (realizar um contra ataque de três com uma bola gigante)
5º Introduzir o fator tempo ou o manejo de diferentes objetos

Fits (1975), modificado

6. Proposta de tarefas fora da quadra para o desenvolvimento da coordenação

1. Capacidade de combinação e aparelhamento dos movimentos implica a combinação de habilidades básicas (correr-saltar-lançar) e a coordenação segmentaria e bilateral.




Tarefas propostas:

• Correndo ao sinal salto para cima e volta de costas (deslocamentos de frente, de costas e lateral) Idem com uma bola.
• Corrida em amplitude e freqüência (marcando as distâncias com cordas ou aros) e finalizar com arremesso em suspensão ou entrada para a cesta.
• Corrida apoiando dentro de aros coloridos colocados em diferentes distâncias, nos aros vermelhos pisar com a direita e nos azuis com a esquerda (ex: D – D – E – D – E – E – D – E). Neste último, parada com os dois pés, salto para cima e corrida.
• Drible com duas bolas ao mesmo tempo (bolas de tamanhos e quique diferentes), parado e em deslocamento.
• Deslocamento driblando uma bola e conduzindo outra com o pé.
• Drible enquanto recebe uma bola de tênis, que é lançada por um companheiro, com a outra mão (começar com passe picado)
• Contra ataque dois a dois, levando uma bola controlada com o pé.

Jogo adaptado:

Partida de tênis com uma bola de borracha utilizando as mãos e os pés, permitindo somente um quique.

2. Capacidade de orientação espaço-temporal

Esta capacidade permite modificar a posição do corpo no espaço e no tempo em relação a um ponto de referência ou em relação a um objeto.

Tarefas propostas:

• Salto de obstáculos bem baixos realizando um quarto de giro, meio giro e giro completo.
• Idem lançando uma bola no ar.
• Lançar uma bola para cima e tentar recuperá-la depois de dar uma volta.
• Lançar uma bola para cima, saltar com giro completo e ao receber lançar tentando coloca-la em algum dos aros coloridos colocados na parede, em função da cor que o treinador indique.
• Corrida, drible em um mini trampolim e pirueta (meio giro, giro completo, salto grupado).
• Corrida, drible em um mini trampolim e golpear uma bola lançada.
• Idem pegando a bola e lançando ou devolvendo o passe (o treinador pode variar sua posição depois de dar o passe).

Jogo adaptado:

Partida de basquete com quatro cestas (dois em cada campo nos lados opostos) quatro equipes. Cada equipe defende uma cesta e ataca na oposta. Ao sinal trocam de cesta no sentido que for indicado (a favor ou contra os ponteiros do relógio). Se acerto na cesta adversária 2 pontos, e se o fazem em minha cesta -1.

3. Capacidade de diferenciação

Baseia-se na percepção precisa dos parâmetros espaciais, temporais e de força durante a execução motora, e o resultado é um movimento econômico e eficaz.

Tarefas propostas:

• Lançar um frisbee tentando acertar-lo em uma cesta, um aro, uma caixa, etc.
• Contra ataque de dois com um frisbee que deve passar entre duas varas verticais (máximo quatro passes para cruzar o campo).
• Salto de obstáculos em diferentes alturas.
• Salto de obstáculos em diferentes alturas driblando uma bola no meio, ao sinal (que pode ser em qualquer obstáculo) arremesso a cesta. Utilizar bolas de diferentes pesos e tamanhos.
• Saltos de obstáculos, com os pés juntos, em alturas diferentes, ao cair, lançar a bola para o treinador, que estará situado no final da quadra que irá devolver a bola ao jogador. Fazê-lo em suspensão.

Jogo adaptado:

Ultimate, com frisbee, globo, bola de basquete, bola de voleibol, etc., se encesta de fora da zona de três pontos, se recebe dentro devem deixar-me atirar, se encesto dois pontos.

4. Capacidade de equilíbrio

Permite manter o corpo ou voltar a colocá-lo em equilíbrio depois de movimentos amplos.

Tarefas propostas:

• Manter o equilíbrio sobre uma perna. Idem com os olhos fechados.
• Lançar uma bola contra a parede e recebe-la estando sobre uma perna (utilizar vários tipos de bolas, trocar a trajetória).
• Dois companheiros, um de frente para o outro, sobre uma perna, realizar passes e recepções. Usar diferentes objetos.
• Corrida, salto e caída, sobre uma perna, dentro de um aro ou sobre um plinto com dois caixotes, ao mesmo tempo recebendo uma bola que me foi arremessada.
• Driblar uma bola caminhando por cima de um banco sueco.
• Dois companheiros deslocando-se lateralmente sobre duas filas de bancos paralelos vão passando uma ou duas bolas.

Jogo adaptado:

Partida de badminton sobre os bancos, partida de basquete; colocando um jogador da minha equipe sobre um banco sueco colocado no fundo da pista. Ao redor dele marcaremos um círculo com giz, aonde não se poderá penetrar. Será ponto se consigo dar um passe para meu companheiro que está sobre o banco, podemos pedir-lhe que receba este passe sobre uma perna.

5. Capacidade de reação

Tarefas propostas:

• Drible de uma bola que ofereça um drible irregular, parado e em deslocamento.
• Dois jogadores, um de frente para o outro, separados um metro, um deles deixa cair uma bola e o outro tenta recupera-la antes que caia. Com as duas mãos, com a direita ou com a esquerda.
• Ao sinal um jogador colocado na frente do outro sai driblando uma bola, o de trás sai em sua perseguição.
• Um jogador colocado de frente para uma parede, seu companheiro lança uma bola alto contra a parede, ao ver este movimento deve girar e tentar pegá-la depois do primeiro drible.
• Um colocado de costas para o outro, o companheiro a uns metros arremessa uma bola, de tênis, um frisbee, etc., ao ouvir seu nome deve girar para pegá-la. Variação: ao dizer direita, deve girar e segurar com a mão direita.

Jogo adaptado:

Ataque e defesa. Coloca-se uma bola no centro do campo, ao ouvir um número sai um par de cada lado, o par que pegar a bola ataca, e o outro defende. A bola também pode ser lançada pelo treinador a partir de uma lateral para o centro do campo em alturas diferentes.

6. Capacidade rítmica

É a capacidade de organizar cronologicamente o uso muscular em relação ao espaço e ao tempo. Forma parte da capacidade de adaptar-se a um ritmo externo e de trocá-lo sem sofrer um desgaste ou transtorno especial.

Tarefas propostas:

• Saltos combinados na corda (E – E - pés juntos - direita - esquerda).
• Passagem de obstáculo com 1, 2 ou 3 passadas intermediárias. O mesmo porém com um, dois ou três saltos.
• Driblar duas bolas em ritmos diferentes.

Jogo adaptado:

Partida com bolas diferentes, depois do rebote pode-se: jogar só com passes (um toque do apito), jogar com dois dribles (dois toques do apito), jogar com dribles ilimitados (três toques do apito). Outra possibilidade é realizar estas trocas no ritmo do jogo continuamente em cada ataque.

7. Capacidade de transformação dos movimentos

Possibilita adaptar ou transformar o programa motor sobre a base de variações repentinas e inesperadas.

Tarefas propostas:

• Girar os braços cada um em uma direção. Ao sinal trocar o sentido do giro de cada braço.
• Pular com os pés juntos uma corda. Ao sinal devemos girar a corda no sentido contrário.
• Todos driblando pela quadra. Ao escutar um apito devem deslocar-se para o centro do campo. Se escutarem dois apitos devem ir para a linha de fundo na direita. Se escutarem três apitos devem arremessar para o outro lado da zona.
• Um de frente para o outro, o companheiro, colocado atrás dele, lança uma bola que pode ser de cores diferentes, se for uma bola vermelha (antes que quique) dar uma volta e arremessar, se for azul gira e entra pela direita, se for amarelo gira e entra pela esquerda.

Jogo adaptado:

Partida de futebol dentro de um ginásio utilizando uma bola de borracha de drible irregular. Permite-se tocar com a mão (dois quiques e passe com a mão aberta), a bola pode tocar em qualquer parede ou objeto. Se a bola entrar em um local sinalizado, e foi tocada com o pé, marcaremos um ponto, e se entrar em um aro colocado na parede, depois de tocada com a mão aberta, dois pontos (a bola não pode ser levantada do chão com a mão).

7. Teste de validação das capacidades coordenativas
Capacidade de combinação e aparelhamento dos movimentos

Drible de uma bola de basquete com uma mão, enquanto que com a outra recebe uma bola de tênis lançada por um companheiro. Ver a porcentagem de recepções, com ambas as mãos, em dez lançamentos.

Capacidade de orientação espaço temporal.

Colocado dentro de um aro, lançar uma bola e receber depois de realizar um giro completo. Porcentagem de recepções em quinze lançamentos com cada mão.

Capacidade de diferenciação.

Passe de peito contra uma parede a um metro e outro a dois. Deve-se dar o maior número de passes possíveis em 30 segundos.

Capacidade de equilíbrio.

Colocado sobre um travessão de madeira de três centímetros de largura a uns centímetros do chão, o jogador deverá manter o equilíbrio sobre uma perna driblando uma bola. Conta-se o número de tentativas em um minuto, o cronômetro deve ser parado quando o sujeito perder o equilíbrio e tocar o chão.

Capacidade de reação.

Receber uma bola lançada por trás do jogador, a três metros de altura (jogador colocado de costas para o companheiro), de forma que sua caída seja de dois a dois metros e meio adiante do jogador. Porcentagem de recepções sobre dez lançamentos para cada distância.




Capacidade rítmica.

Corrida com quatro obstáculos colocadas a 8 metros (3 passadas), 6 metros (2 passadas) a 3 metros (1 passada) e a 6 metros (3 passadas).

Capacidade de transformação

O jogador colocado de costas. A um determinado sinal sonoro deverá tocar uma das bolas de cores diferentes colocados a quinze metros. Cada sinal sonoro corresponde a uma das três cores das bolas.

Bibliografía

• BAÑUELOS Y RUIZ (1997) Rendimiento deportivo. Claves para la optimización del aprendizaje. Gymnos. Madrid
• BAÑUELOS (1986) Bases para una didáctica de la educación física y el deporte. Gymnos. Madrid
• CASTEJÓN J (1997) La iniciación deportiva en la educación primaria: lo que opinan los profesores de educación física. Apunts nº 48. 24-33
• GRUPO DE TRABAJO DE PREPARADORES FÍSICOS DE ADECCO-ESTUDIANTES (1998). Trabajos de programación (No publicados)
• MANNO R. (1994) Fundamentos del entrenamiento deportivo. Paidotribo. Madrid.
• MANSO J,NAVARRO M., CABALLERO J. (1996) Bases teóricas del entrenamiento deportivo. Gymnos. Madrid.
• MEINEL, K. y SCHNABEL, G. Teoría general del movimiento. Motricidad deportiva. Stadium. Buenos Aires.
• SOUTO J. (1997) Las capacidades coordinativas y su trabajo específico para el tenis. Apunts. Tomo XI nº 2. 18-19.

Nota: está em brasileiro porque foi traduzido de Espanhol para Brasileiro

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